Meu nome é Jeferson Araujo, sou formado em marketing e especializado em inteligência de negócios. Hoje invisto meu tempo em negócios relacionados a Cannabis, mas como qualquer pessoa nessa Indústria, tive minha trajetória até chegar aqui. Minhas experiências anteriores são ligadas a tecnologia e varejo entre empresas. Mas eu sempre fui inquieto, sempre me senti incomodado com o estado atual das coisas, o famoso status quo. Em 2020, no início da pandemia, quis ressignificar minha atuação profissional: era hora de buscar algo que realmente fizesse sentido para mim.
Comecei a explorar novos mercados e analisar tendências que estavam em alta pelo mundo. Nesse momento decidi que era importante focar em negócios que tinham propósito e deixar de lado oportunidades em empresas que somente visam o lucro, buscava de fato encontrar algo que fizesse sentido para o que precisamos no presente e no futuro. Foi assim que caí na Indústria da Cannabis. De cara me senti atraído por ser algo demonizado, mas com grande potencial de desenvolvimento. Logo percebi que trabalhando com isso, era inevitável ajudar pessoas independente da finalidade de utilização dessa planta.
A Hempions é uma empresa austríaca fundada por atletas profissionais de ski, esporte praticado na neve. Esse negócio nasce da experiência desses atletas de incluir o cânhamo na alimentação. Mas você deve estar se perguntando: como assim, dá pra comer cânhamo? O Cânhamo é uma subespécie da Cannabis Sativa que se caracteriza por ter concentrações irrelevantes de THC. Da sua semente é possível extrair uma série de alimentos como leite, óleo, farinha e produzir carnes com concentração de proteína superior a de origem animal, por exemplo.
Aplicações
Em países em que seu cultivo é permitido, como nos Estados Unidos, China e alguns lugares da Europa, o Cânhamo é considerado como um superalimento, isso sem falar dos benefícios ambientais que esse cultivar proporciona. Os superalimentos são alimentos com propriedades que podem prevenir ou ajudar a tratar questões de saúde. As sementes do cânhamo se encaixam nesse termo pois possuem alta concentração de ácidos graxos e proteína, além de ser uma fonte importante de nutrientes como ômega 3, fibras, cálcio, ferro, etc.
Pode-se consumir as sementes in natura, cozidas, assadas ou mesmo em forma de óleo. Também podem ser descascadas para ser transformadas em grãos. Até o ano de 2020, na base de dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, registrou-se 680 produtos que derivam da semente ou do grão. Para citar alguns exemplos de alimentos à base de cânhamo podemos mencionar leite, whey protein, azeite, farinha, manteiga, bebidas.
Com a crescente demanda de wellness e por produtos e alimentos veganos, a tendência é que o Cânhamo na alimentação ganhe cada vez mais espaço. É o que já está acontecendo ao redor do mundo, onde facilmente podemos encontrar alimentos feitos com ele na prateleira de mercados ou de lojas especializadas. Mas para além de questões relevantes como o veganismo, o cânhamo tem potencial para substituir uma gama de alimentos. Devido ao seu valor nutricional e a diversidade de produtos que podemos obter a partir dele, isso sem mencionar algumas de suas inúmeras aplicações industriais.
A alimentação com cânhamo é realidade mundo afora para humanos e animais domesticados. Agora, falta o Brasil vencer a barreira da falta de informação e do preconceito para incluir um cultivar que só traz benefícios para nós e para o planeta.
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